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[Análise] Sifu mostra que a vingança pode ser plena e bastante satisfatória

By : PlayersPlace

 

Quando Sifu foi anunciado, toda sua premissa indicava que ele seria apenas uma espécie de beat 'em up focado em artes marciais. Entretanto, de maneira bastante contundente, o jogo se torna uma rica experiência para quem gosta de desafios e também para os fãs dos grandes filmes do gênero, que deram luzes a estrelas como Bruce Lee, Jackie Chan e Jet Li, e sempre quiseram vivenciar a “sua” própria história de vingança com as próprias mãos.

A missão de uma vida

Sifu introduz sua afiada mecânica de combate em um tutorial um tanto quanto amargo. Nele, controlamos o antagonista Yang, que em um rompante de fúria, invade o dojo do seu antigo mestre e o assassina após um confronto. O mesmo destino foi reservado à esposa de seu tutor e seu filho, ou pelo menos era o que o traidor pensava. 

O infante de oito anos, que pode ser um menino ou uma menina, sobrevive a uma facada que deveria ser fatal e então dedica sua vida a se fortalecer, conhecer o máximo de técnicas e assim concretizar sua vingança ao exterminar Yang e sua gangue. Cada um deles está escondido em uma área da cidade, infestada de capangas que variam de viciados a frequentadores de boates e líderes de gangues locais.

O protagonista precisa perseguir cada um daqueles que traíram os ensinamentos do seu pai, mas a narrativa se mostra mais complexa que uma mera jornada de vingança. Ao percorrermos os locais, encontramos diversos pontos importantes, como chaves, portões trancados e folhetos, por exemplo, que nos levam a conhecer melhor os motivos por trás de cada atitude dos vilões e como tudo isso está interligado, no melhor estilo detetive. 

Para auxiliar nesse entendimento, temos à nossa disposição um quadro que armazena todas essas informações e traça linhas entre os fatos com algo em comum, como qual chave abre qual porta. Começamos com ele em branco, mas não é difícil achar esses dados espalhados pelo local, o que torna a exploração bem básica e tranquila.

Os cinco pontos da cidade que serão visitados são: os Cortiços, o Clube, o Museu, a Torre e o Santuário. Cada um com sua identidade visual bastante distinta, desde os ambientes externos até os lugares que entramos, como casas e prédios, até a vestimenta dos capangas que precisamos derrubar. Toda essa composição cria uma imersão bastante competente para o jogador, que tem o competente apoio da trilha sonora que varia entre músicas feitas com instrumentos chineses tradicionais e batidas eletrônicas, compostas pelo músico Howie Lee.

O peso dos anos

A grande sacada de Sifu é usar o amadurecimento do protagonista como fator decisivo para a progressão do jogador, revelando-se um roguelike. Começamos a jornada com 20 anos de idade, com bastante energia e apenas uma lista básica, mas bastante completa, de movimentos. Além da barra de energia, temos uma barra de estrutura, que serve para regular o uso de bloqueios e aparos. Podemos defender vários ataques consecutivamente, mas isso fará nossa estrutura diminuir até um golpe certeiro quebrar nossa defesa e nos deixar sem reação por alguns dolorosos segundos.

Entretanto, como é de se esperar de um prodígio do kung fu, isso pode ser evitado com contra-ataques certeiros. É possível aparar uma investida inimiga ao pressionar o botão de bloqueio no momento exato do impacto, o que abre a resistência do ofensor para uma ação reversa mortal.

Caso o herói morra em combate, o talismã de contas entra em ação. A cada derrota, nosso contador ganha um número, que é acrescido a idade total. Por exemplo, logo no início, começamos com 20 e se morrermos uma vez, a idade sobe para 21. Na próxima morte, o contador subirá para dois, então a idade subirá para 23.  Existem certos inimigos que, se abatidos, fazem nosso contador decrescer em uma unidade. Pode não parecer muito, mas ajuda um bocado em momentos cruciais. 

A cada década de tempo que alcançamos, uma conta do nosso talismã se quebra, trazendo benefícios e desvantagens, pois podemos causar mais danos com nossos ataques básicos, mas a barra de energia diminui consideravelmente. Quando todas as contas se quebrarem, é fim de jogo e devemos retornar ao início da área. 

Sem dor, sem ganho

Sifu tem alguns elementos básicos de roguelikes, como a obtenção de habilidades não permanentes. Sempre que encontramos um santuário pelo caminho ou morremos, podemos adquirir algumas novas técnicas com os pontos de experiência ganhos em combate. Elas podem ser novos ataques com o uso da barra de foco, contra-ataques quando derrubado, pegar objetos arremessados na sua direção e golpes específicos para certas armas, como facas ou bastões.

Ao finalizarmos uma fase, começaremos a seguinte com a idade atual que estamos, as habilidades adquiridas e o contador de mortes zerado. Se o jogador quiser diminuir seu número de anos, será necessário concluir a anterior de maneira mais eficaz e morrendo menos vezes. Em caso de game over, perdemos todas as habilidades e experiência obtidas, tendo que começar tudo de novo. Apenas o quadro de detetive não é zerado, o que é um alívio, visto que alguns itens dele podem criar atalhos e deixar as coisas mais objetivas.

As habilidades até podem ser adquiridas de maneira permanente, mas precisam ser adquiridas seis vezes para se tornarem fixas e não sumirem após um fracasso. Isso gera um grinding excessivo, pois focar em tornar uma delas permanente nos faz abrir mão das muitas outras disponíveis para serem experimentadas e acrescentar nosso arsenal de movimentos letais. Porém, a lista de comandos básicos é extensa o bastante para suprir a necessidade daqueles que tentarem se embrenhar nesse submundo.

Ainda assim, se o jogador quiser se arriscar em uma nova corrida, não encontrará muitas novidades. Todos os padrões se repetem sempre, como número de inimigos em um determinado espaço e o caminho a ser seguido até o chefe em questão. Logo, não demora para que toda a métrica seja decorada e o jogo seja concluído em poucas horas, mas isso também não tira a beleza dos combates, e como eles são divertidos.

Por mais que o andamento das fases possa ser manjado, e você possa estar preparado para estar em um cômodo de 25 m² com mais seis caras armados com facas, bastões e canos, é muito divertido sentir a fluidez de cada combate. Não espere aquela atitude estranha dos filmes em que, mesmo cercado, o herói é atacado por um capanga de cada vez. Em Sifu todos partirão para cima ao mesmo tempo e você que se vire para administrar como fará a distribuição de sopapos para sair ileso.


Tudo isso pode parecer muito, e inclusive os momentos iniciais nos Cortiços podem assustar os jogadores mais inexperientes, que não esperam oponentes tão reativos e punitivos de primeira. Mas para aqueles que persistirem, a recompensa de dominar cada técnica e aplicá-la em uma sequência de combates é bastante satisfatória.

Idade é apenas um número

Sifu foi feito declaradamente como uma carta de amor aos filmes de artes marciais, mas ele consegue ultrapassar esse rótulo e ser atrativo para um público muito mais abrangente. Mesmo com seus momentos de repetição e grinding um pouco agressivos, seu sistema de combate preciso é divertidíssimo e criativo, além de trazer ao jogador toda uma sensação de realmente estar na pele do protagonista. É um título indispensável para quem gosta de se desafiar e quer sentir na pele o que um aspirante das artes marciais tem que passar para atingir seu maior objetivo.

Prós

  • Sistema de combate bastante completo e adaptável ao estilo do jogador;
  • Excelente ambientação;
  • Ótima trilha sonora;
  • Exploração simples sem exigir que o jogador revire todo o cenário;
  • Mecânica de envelhecimento é uma ótima sacada para o gênero;
  • Sequências de ação muito bem elaboradas.

Contras

  • Os estágios e inimigos encontrados neles são sempre iguais;
  • Grinding um pouco agressivo para se obter habilidades permanentes;
  • A dificuldade pode afastar um pouco jogadores novatos.

Evil Dead: The Game: novo trailer de pré-venda é revelado, confira

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Evil Dead: The Game (Multi) é um jogo multiplayer inspirado no universo de filmes de terror de mesmo nome. Recentemente, a Boss Team Games e a Saber Interactive divulgaram um trailer para promover a pré-venda do título, que virá com as skins S-Mart Employee e Gallant Knight de Ash Williams.

A versão para PC será disponibilizada na Epic Games Store e terá a edição padrão por R$ 75,99 e a edição deluxe (inclui Season Pass 1) por R$ 113,99. Na PlayStation Store, as mesmas versões custam R$ 119,50 e R$ 299,90. Já na Microsoft Store, as versões saem por R$ 147,55 e R$ 222,45.

Evil Dead: The Game será lançado em 13 de maio para PC via Epic Games Store, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X. A versão para Switch ainda não possui data de lançamento oficial.

The King of Fighters XV curta de Masami Obari já está disponível

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 O ciclo de divulgação dos trinta e nove personagens jogáveis de The King of Fighters XV (Multi) pode ter acabado, mas as novidades do jogo ainda não. O anúncio da vez é o lançamento do curta animado baseado no game e dirigido por Masami Obari, diretor de animação que chegou a ser responsável pela direção e designs de personagem do filme e dos especiais de TV, respectivamente, baseados em Fatal Fury. 


O vídeo, disponibilizado no Youtube, tem um minuto e meio de duração e se trata de uma espécie de clipe ao som do tema principal do game, intitulado Now or Never e interpretado por Steven McNair. Nele, além da apresentação de alguns dos lutadores presentes no elenco do game, há um rápido vislumbre da figura oculta do que provavelmente é o chefão final da campanha do título. 

O décimo quinto jogo da lendária franquia da SNK tem previsão para chegar ao mercado em 17 de fevereiro de 2022 para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series S|X e PC (via Steam e Epic). Dois fins de semana de beta aberto foram promovidos no intuito de testar o ambiente de rede.

The Quintessential Quintuplets the Movie: Five Memories of My Time with You será lançado para PS4 e Switch em 2 de junho

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 Quinze finais à escolha do jogador.


O estúdio MAGES acaba de anunciar que The Quintessential Quintuplets the Movie: Five Memories of My Time with You será lançado para Switch e PlayStation 4 no dia 2 de junho no Japão. O jogo é uma história com múltiplos finais, dependendo da irmã para qual você declarará seus sentimentos.




Segue a descrição do jogo:

É a situação dos sonhos de todos os fãs de Quintessential Quintuplets: “Futaro Uesugi confessa seus sentimentos a cada uma das cinco irmãs”. O jogador pode decidir o futuro de Futaro Uesugi com suas próprias mãos. Existem 15 finais possíveis. Além disso, há uma rota oculta que pode ser desbloqueada depois de assistir ao final de cada uma das cinco irmãs, permitindo que você aproveite o jogo muitas vezes.
Uma viagem de formatura com as cinco irmãs em Okinawa! O objetivo: ganhar um beijo
O jogo apresenta uma história original ambientada durante uma viagem de formatura a Okinawa. O jogador, Futaro Uesugi, vai passear em Okinawa com as cinco irmãs. Ele ainda apresenta filmes de turismo de ação ao vivo, para que você possa se sentir como se estivesse realmente em uma viagem a Okinawa com as cinco irmãs. Durante a viagem, Futaro se esforça para beijar aquela a quem confessa e garantir um futuro para seu relacionamento à distância. Será que ele vai conseguir seu beijo? Isso depende do jogador.

Fonte: Gematsu

[AVISO] Estamos de volta, Devagar e sempre.

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Bom dia, tarde e noite. Esse e um post curto so pra dar o aviso de volta do blog, e isso mesmo, estamos voltando. Aos poucos vamos manter o blog ativo novamente com postgens diaria do mundo dos games, geeks, filmes e animes. Esperamos que gostem, e muito obrigado aos leitores que continuarem a ler o blog.

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Demo de Mega Man 11 está disponível para download no Nintendo Switch

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Você já pode baixar e testar a versão de Mega Man 11 na eShop do console híbrido.
Se você não aguenta esperar até o lançamento de Mega Man 11, saiba que a versão demo do novo jogo do Blue Bomber pode ser baixada e testada agora mesmo na eShop do Nintendo Switch!

Na demo, os jogadores podem escolher entre diferentes níveis de dificuldade, testar o novo sistema de Double Gear e várias armas de chefões para eliminar Block Man e absorver seus poderes. Os fãs que derrotarem Block Man na demo gratuita de Mega Man 11 contribuirão para o desafio comunitário "Bust Block Man", que dará a chance de resgatar um conjunto de itens exclusivos na versão final do jogo.


Mega Man 11 será lançado em 2 de outubro de 2018 no Nintendo Switch.

GameXP 2018: Confira nossa prévia das atrações do evento

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O GameBlast esteve presente no evento antes da abertura ao público. As atrações se dividem por três arenas do parque e também ocupam a área externa.
A partir de hoje (06/09) até o próximo Domingo (09/09), acontece no Parque Olímpico do Rio de Janeiro o GameXP 2018. O evento de games, definido como o primeiro game parkdo mundo, teve sua estreia durante o Rock in Rio 2017 e agora conta com estrutura bem maior em sua segunda edição, ocupando três arenas olímpicas e oferecendo diversas atrações nas áreas externas do parque.

A organização do evento realizou uma prévia exclusiva nesta Quarta (05/09) antes da abertura ao público, o Loading GameXP. Nós estivemos presentes e pudemos conferir várias novidades sobre as atrações do evento.

Experience Bay

As diversas atrações espalhadas pela área externa às arenas são como um parque de diversões inspirados em games conhecidos. Próximo ao início, temos o Clash Royale King Size, um circuito interativo bem bacana baseado no jogo para smartphones e que dá ao jogador a chance de tentar derrubar o Rei.


Mais à frente, podemos conferir algumas brincadeiras de futebol. O PES Experience desafiará a habilidade dos jogadores na precisão dos chutes, habilidades nos dribles e muitas outras modalidades, sempre com a bola nos pés. Também há estandes equipados para os jogadores experimentarem Pro Evolution Soccer 2019 (Multi) no Xbox One e no PS4.

Uma das atividades que mais gostamos foi a Arena Rainbow Six Siege. Trata-se se um cenário em tamanho real inspirado em Rainbow Six: Siege (Multi), onde os participantes são equipados com armas adaptadas com lasers. Quando um participante é atingido, sua arma para de funcionar instantaneamente e ele sai da partida, e vence o último a sobreviver. Sem dúvida, foi uma experiência muito divertida.
Aqueles que quiserem algo ainda mais radical vão adorar o Spider-Man Challenge, uma parede de escalada de 14 metros de altura inspirada nos cenários de Nova York pode onde o cabeça de teia costuma saltar. A cenografia replica um prédio de verdade.


Outra atividades é uma versão do clássico jogo Whack-a-mole. A diferença é que aqui ele se chama Whack-a-friend, e você vai ter que acertar os seus amigos de verdade com uma marreta feita de espuma e evitar que eles ativem alguns botões pelo cenário.

E não acaba por aí. Além de tudo isso, o espaço conta com uma painel com Just Dance 2019 (Multi) para o público conferir e dançar todas as músicas novas, um painel de Assassin's Creed Odyssey (Multi) e um circuito de corrida de verdade baseado em Crash Bandicoot (Multi). Ah, e não esqueçam de aproveitar a vista da roda-gigante do final do Parque.

Inova Arena

Esse espaço é totalmente dedicado à atrações voltadas à tecnologia e inovações. Lá, várias empresas terão estandes para demonstrar aplicações práticas e conceitos de forma lúdica. Temas como realidade aumentada, realidade virtual e inteligência artificial fazem parte dos conteúdos. 



Dentro da arena, alguns estantes especiais estarão oferecendo diversas atividades interativas. A aplicação Dinomundi, por exemplo, usa a realidade aumentada para os jogadores promoverem batalhas usando tablets e cartões de dinossauros. 

NBA Fan Zone é um espaço onde o público poderá participar de brincadeiras e desafios na quadra interativa com piso de LED, além de conferir o jogo NBA2K 2019 (Multi) e adquirir produtos oficiais da loja da liga. Já o Rock Stage oferece a chance de comandar um grande show em um palco com instrumentos gigantes.



A arena conta ainda com um palco especial onde mais de 50 palestras serão oferecidas ao público. A lista de expositores e a programação completa das palestras podem ser consultadas diretamente no site do evento.

Gameplay Arena

O GamePlay Arena é o local onde o público poderá jogar os próximos lançamentos de games e participar de ativações exclusivas. O espaço também terá a uma área com jogos de todas as épocas em mais de 80 arcades, simuladores e pinballs, duas vezes o tamanho da edição anterior.

Lá, pudemos experimentar os aguardados Spider-Man (PS4) e Assassin's Creed Odyssey. A Nintendo marcou presença com a Mario Kart 8 Deluxe Game Station, uma área especial para os fãs do jogo de corrida da Nintendo se divertirem com vinte Nintendo Switches. Outros games que dão as caras por lá são Injustice 2 (Multi), Lego DC Villains (Multi) e Super Street Fighter IV (Multi).



A Microsoft vai oferecer a sua Xbox Experience durante a GameXP. Serão doze Xbox One X, nove Xbox One S e cinco PCs, com títulos como State of Decay 2Sea of ThievesPlayerunknown's BattlegroundsForza 7 (com direito a cockpits) e jogos de estúdios parceiros.


Ubisoft terá seu espaço próprio dentro da arena, a Ubisoft Arena. Os visitantes terão à sua disposição computadores preparados para confrontos de For Honor e Rainbow Six: Siege, além de estações com o inédito Assassin's Creed Odyssey. A empresa também trará para o GameXP a fase final do circuito de Rainbow Six Siege, um showmatch de For Honor e as disputas da etapa reginal do Just Dance Tour. Um quiosque da Ubisoft também estará no local com produtos oficiais da marca.

Ficou animado? Os ingressos para o GameXP 2018 podem ser adquiridos no site do evento, mas fique atento pois algumas datas já se encontram esgotadas.

Jogar videogame ainda é divertido?

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Ascensão do cenário competitivo e a consequente hierarquização dos jogadores tem deixado para trás a diversão.
Quando nos deparamos com situações como o tiroteio de Jacksonville é impossível não nos perguntarmos: para onde os jogos eletrônicos estão caminhando? Uma atividade que antes tinha foco no viés de lazer e diversão entre família e amigos tem se transformado em uma ação de cunho comercial e competitiva levada às últimas consequências.

Segregação entre os jogadores


Na contemporaneidade, a indústria de games tem experimentado um crescimento exponencial sem precedentes, apoiado por produtos do cinema e dos livros que também trazem a temática para o centro das atenções da cultura pop. Contudo, esse sucesso tem criado uma pirâmide hierárquica entre os jogadores, separando-os entre profissionais e casuais, entre fãs e fanboys.



Esse fenômeno é exclusivo da Oitava Geração de Consoles. Anteriormente a este período, aqueles que jogavam videogames eram simplesmente classificados como jogadores. Não havia uma restrição e definição que os separasse, seja alguém que jogava diariamente ou aquele que se lembrava de seu console às vezes.


O mesmo conceito se aplica aos fãs. Na era pré-Oitava Geração de Consoles, bastava você gostar de uma franquia o suficiente para se intitular fã. Atualmente parece não existir o termo fã, ou você deve ser um fanboy, aquele que acompanha tudo sobre a franquia e a defende sem restrições, ou não é fã. Como se ser chato e cego para os erros fosse sinônimo de ser fã de algo ou alguém, não é? 

Um contra todos, todos contra um


Nunca vivemos uma era tão tecnológica e avançada cientificamente, proporcionando inúmeros meios para as pessoas se comunicarem de todas as partes do mundo. Porém, o que temos feito com isso? Ao invés de aproveitarmos tais chances para trocar experiências, conhecer novas pessoas e fazer amigos em todas as partes do globo, a verdade é que a comunidade gamer tem se fechado dentro de seu próprio nicho e visto o próximo como um inimigo.



Ao invés da comunidade de jogadores e fãs abraçarem os recém-chegados ou novos companheiros de outros lugares, cada um tem olhado apenas para si mesmo e seu desejo de status entre a comunidade gamer. Transformando todo contato com outros gamersem pessoas a serem combatidas e vencidas nas partidas online.



Não tem havido espaço para humor, diversão, aconselhamento e dicas para outros jogadores. Apenas um grande grupo formado por pessoas individualistas que veem nos jogos eletrônicos uma maneira de se destacar dos demais. O objetivo final de um gamenão deveria ser o divertimento?

Diversão Vs. Competição


O videogame é uma atividade essencialmente competitiva, todo jogo, seja analógico ou digital, possui a premissa da competitividade. Há sempre a existência do vencedor e do perdedor, os rankings de melhores jogadores, maiores pontuações e outras distinções próprias dessa prática cultural. Contudo isso não é um impedimento para a diversão.



O que tem havido é uma crescente onda de jogadores que consideram perder algo vergonhoso, logo todo jogo é uma briga acirrada até o topo. Quando alguém os atrapalha, seja o adversário ou da própria equipe, essas pessoas agem com violência, no âmbito verbal e até mesmo físico.



Isso é uma resposta ao fato de que, contemporaneamente, muitos jogadores estão buscando reafirmação e identidade nos jogos eletrônicos. Dessa forma, essas pessoas tomam como real tudo aquilo que está no âmbito virtual. Se você for um jogador bom, você é importante. Se você é um jogador ruim, você é uma pessoa sem valor. Parece brincadeira estar falando isso, mas o mais triste é saber que esta é a forma de pensar de muitos jogadores, que a veem a si mesmos como um reflexo do que jogam.


Basta menos de cinco minutos em uma partida online mostrando um jogo multiplayerpara seu amigo iniciante, ou simplesmente se divertindo com seu cônjuge ou pais para ser ofendido verbalmente quando se erra alguma ação e, pasmem, quando se é muito bom! Ou seja, não há meio termo. Se a pessoa é iniciante, ela é ofendida por estar aprendendo e se você é muito bom, os jogadores lhe acusam de cheater ou hacker.



Na essência de toda essa violência está a falta de identidade, inveja e egocentrismo. É só acessar as notícias de jogadores que atingiram grandes feitos ou conquistas: a sessão de comentários é uma torrente de ofensas dirigidas a pessoa contemplada. Apesar da sociedade contemporânea estar constantemente reafirmando o conceito de "seja você mesmo", a verdade é que vivemos um ápice de rótulos e julgamentos em um mundo com pessoas superficiais e egocêntricas.

Livro Gamer tem pré-venda iniciada

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O autor Ítalo Chianca anuncia a pré-venda do seu quinto livro, reunindo diversas crônicas sobre sua trajetória com os videogames.
Gamer é o quinto livro publicado por Ítalo Chianca, que traz toda a sua experiência adquirida escrevendo para as principais revistas do gênero, como: NintendoBlast, Herói e Warpzone. Nesta obra o autor reúne várias crônicas de sua vivência no mundo dos videogames, com destaque para as locadoras.

Esta será uma verdadeira viagem ao passado, uma oportunidade para quem viveu esta época de relembrar as tardes nas locadoras de videogames, a febre Pokémon, a guerra entre a Nintendo e a Sega. E para quem não a vivenciou, poderá conhecer como era o mundo gamer nos anos 1990. 
A obra conta com mais de 300 páginas e reúne 44 histórias sobre videogames, locadoras, amizades, aventuras e tudo que cerca o mundo dos games, com um toque clássico e nostálgico que certamente irá agradar os fãs de jogos retrô. Ela é composta pelas histórias publicadas nos livros anteriores — com nova revisão — mais uma dezena de crônicas inéditas. O livro Gamer é a versão definitiva para a sua coleção, com tudo que ele produziu nos últimos cinco anos. 
Serão produzidas apenas 250 cópias do livro. Os envios acontecerão no começo de outubro e para pedir o exemplar basta clicar neste link que seu livro virá com assinatura e dedicatória exclusiva do autor.

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